A Walking City foi projetada por Ron Herron a partir de 1963. O conceito destas estruturas nômades e simbióticas estaria na origem de estruturas de habitação intimamente ligadas ao corpo e aos seus atributos, entre os quais a locomoção e o envelhecimento.
Os primeiros croquis que mostravam a cidade se aproximando de Manhathan foram publicados no Magazine Archigram5 – Metropolis Issue de 1964. A cidade que foi pensada como uma capital mundial capaz de estar em qualquer lugar a qualquer hora, seria composta por vários veículos gigantes que mediam aproximadamente 400 metros de comprimento por 220 metros de altura.
Dentro destes veículos existiriam todos os equipamentos necessários para o funcionamento de uma cidade comum: habitações, escritórios, setores comerciais, serviços públicos e privados. Equipamentos extras como hospitais e unidades especiais poderiam ser agregados eventualmente. As condições ambientais necessária à vida seriam criadas artificialmente em um ambiente totalmente controlado.
Cada unidade se locomoveria “andando” como um inseto e suas “patas ”, os braços formariam corredores extensíveis, que permitia a conexão em rede com todas as demais unidades e a comunicação com a água e com as cidades terrestres, fazendo a circulação de pessoas, bens matérias e informação.
A cidade foi projetada em um tamanho colossal, grande o suficiente para atravessar o mundo, inclusive desertos e oceanos. Apesar do Ron Herron acreditar que a cidade tinha uma aparência amigável o projeto foi recebido com varias criticas e foi ate comparado com monstros e tanques de guerra. Constantinos Doxiadis em Between Dystopia and Utopia considerou a walking city não apenas como uma “distopia tecnológica”, mas um ataque à humanidade. Ele afirma ainda que o projeto seja inumano, privilegiando a construção ao espaço, o contentor ao conteúdo, a carcaça ao homem.
Na verdade o conceito do grande complexo reunindo diversas funções urbanas não continha nenhuma novidade. As unidades de habitação de Le Corbusier partiram deste mesmo conceito, e propunham também protótipos que poderiam ser construídos em qualquer lugar. Entretanto a Maquina de Morar de Le Corbusier se parecia muito menos com uma gigantesca maquina do que a grande Walking City.
Referências:
http://arq-renatobn.blogspot.com/2010/05/archigram-walking-city.html
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.048/585
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